Dentro da biblioteca não houve nada mais do que troca de olhares, mas ela estava feliz só por saber que alguém como ele existia. Ela não o conhecia, talvez esse fosse o mistério que o tornava interessante. Mas o que fazia alguém como ele naquele fim de mundo? O que o teria levado até lá? Torcia para que tivesse sido o destino. E torcia mais ainda para que ele permanecesse por perto.
As horas passaram rápido demais, olhou no relógio e viu que já era tarde.
Sophia arrumou suas coisas o mais rápido que pôde, foi jogando tudo que havia em cima da mesa dentro de sua bolsa de tricô (sua avó materna costumava tricotar quando era viva, havia falecido há cerca de dois anos e aquela era uma boa lembrança que Sophia costumava carregar para todo lado). Se dirigiu rapidamente até a saída, virou para dar uma ultima olhada no rapaz que havia despertado tanto o seu interesse, acabou tropeçando e derrubou os livros que carregava. "Droga!", sussurrou.
As poucas pessoas que ainda se encontravam no lugar olharam, alguém veio ajuda-la. Olhou os dedos finos que empilhavam seus livros, notou um anel fino no polegar e temeu olhar nos olhos do estranho. Sabia que eram mãos masculinas. Mas seriam essas as mãos dele?
- Você tem bom gosto. - Era ele, bastou ouvir a voz para que sua certeza viesse. Havia falado uma frase e conseguira fazer Sophia gelar. Ela sorriu desconcertada, não conseguia pensar em algo bom para responder e algo em sua cabeça martelava dizendo: "Ele falou com você, não seja tão patética!"
"Quando você me ver, já sabe o que falar
Não tenha medo de dizer alguma coisa pra fazer a minha vida mudar"
Awwwn *-* que coisa mais nhonhoca, meu Deus
ResponderExcluir