sexta-feira, 29 de julho de 2011

Pierrot

Então, você nunca sabe o que encontrará atrás de uma porta de vidro. Esses dias eu achei alguém, ou estava me escondendo de alguém, não lembro ao certo. Éramos duas crianças, eu e o pequeno pierrot de olhos acinzentados. Os olhos mais lindos que já vi, pena que estavam úmidos e sobrecarregados de uma dor que não era física. E eu não senti nada além do medo, mas acordei com saudade.
Queria tirá-lo de lá e trazê-lo pro mundo real, saber seu nome, secar suas lágrimas, mas não consegui. Estava no meio daquele tipo de sonho onde não temos controle sobre nossas ações, me rendi e acordei, querendo voltar sem poder.
A frustração me pegou, mais umas vez. Passei semanas pensando naquela beleza fora do comum, tentei fazer uns rabiscos, mas nada que chegasse perto dele. Não encontrei nenhuma mensagem subliminar nisso e corri atrás de um significado pra esse tipo de sonho, nada. Queria mesmo era estar dormindo até agora.

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